A Sanepar recebeu em média 500 ligações diárias em 31 de dezembro e 1º de janeiro com reclamações sobre desabastecimento e baixa pressão da água nas cidades do litoral do Paraná. A falta d’água no litoral afetou os veranistas principalmente na virada de ano e a conjunção de calor extremo e aumento do consumo são apontados como o estopim da situação. Nos últimos dias do ano, a sensação térmica chegou perto dos 50°C e, de acordo com a Polícia Militar, foram cerca de 2 milhões de turistas em cidades que em outras épocas do ano abrigam 160 mil habitantes.
A Sanepar reconhece o problema e diz o maior obstáculo é a pressão da água. “O maior problema foi a falta de pressão, principalmente nos bairros que ficam longe dos reservatórios. Mas não temos como aumentar a pressão da distribuição da água, pois corre o risco de rompimento na rede de distribuição”, aponta Romilson Gonçalves, gerente da Sanepar no litoral.
Por meio da assessoria de imprensa, nesta terça-feira, a Sanepar explica que obras de manutenção e melhoria da rede de abastecimento são feitas durante todo o ano no litoral, de forma contínua.
Gonçalves afirma que a infraestrutura nas cidades litorâneas está de acordo com a população que vive ali. “A infraestrutura foi projetada para atender a demanda. Mas há situações atípicas, como nesse ano, com o calor fora do comum”, comenta.
As prefeituras confirmam o problema com a falta de água principalmente entre os dias 29 e 02. A assessoria de imprensa de Pontal do Paraná diz não foi feito um levantamento oficial, mas o órgão avalia que 40% das casas tiveram problema com a falta de água. Lá, Ipanema e Pontal do Sul foram regiões que mais sofreram com o desabastecimento. Em Guaratuba, os bairros Mirim e Coroados passaram pelo problema e a assessoria de imprensa da prefeitura diz que as reclamações foram sobre a pressão da água. Em Matinhos, as regiões mais afetadas foram Gaivotas e Monções. A Sanepar indica que toda a distribuição já está normalizada desde sábado.
Usuário
Sem mudanças efetivas na infraestrutura, a Sanepar indica que a normalização do abastecimento também vai depender do modo como o veranista usa a água. “Vimos que nesse ano, muitas casas usavam piscinas que, dependendo do tamanho, podem corresponder ao consumo de 15 dias de uma família. Não é feito um uso racional da água”, aponta Gonçalves.
Para ele, o desabastecimento de água também poderia ser minimizado se todas as casas tivessem caixas d´água, medida que também é indicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “A Sanepar faz essa recomendação, assim, é possível ter reservada a quantidade de água para um dia”, aponta.
Interação
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Fonte: Gazeta do Povo
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