Água Potável e Desenvolvimento Sustentável

O Brasil é um dos países que assinam o documento “Transformando nosso mundo: a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável”, junto com mais 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU). A agenda foi estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que complementam os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Assim, os dois documentos são complementares, integrados e indivisíveis. Eles abrangem as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. ( Água potável e desenvolvimento sustentável )

Garantir a sustentabilidade ambiental é o 7º ODM. Os ODS tratam do saneamento no 6º objetivo, “Água limpa e saneamento”, que tem entre suas metas garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos.

Para monitorar a execução da agenda de sustentabilidade no Brasil, foi formado um núcleo coordenado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desenvolvimento Sustentável

Na agenda, constam 17 ODS e 169 metas, que prevêem acesso à água potável, erradicação da pobreza, saúde, consumo consciente, trabalho, energia limpa, entre outros. Para vencer esses desafios, o documento aponta a necessidade de uma parceria global com governos, sociedade civil, setor privado, instituições de ensino, mídia e Nações Unidas.

Embora de natureza global e universalmente aplicáveis, os ODS dialogam com políticas e ações regionais e locais. Eles estimulam os governantes e gestores locais a agirem como protagonistas da conscientização e da mobilização em torno das metas estabelecidas.

Desafios para o saneamento

Garantir a sustentabilidade ambiental é o 7º ODM que tinha como meta reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso permanente e sustentável a água potável segura e a esgotamento sanitário. Conforme relatório da ONU, parte da meta foi atingida cinco anos antes do prazo: a população mundial sem água potável passou de 24%, em 1990, para 11%, em 2010.

O Brasil cumpriu integralmente esta meta e, em 2012, o percentual de pessoas sem acesso à água e ao esgotamento sanitário já estava abaixo da metade do nível de 1990. No Paraná, já existe a universalização da água tratada. No ano 2000, o índice de atendimento com coleta e tratamento de esgoto era de 40,45%. Em 2010, este indicador passou a 62%. E, em 2015, subiu para 67%. No Estado, há 2,5 milhões de imóveis com o serviço de esgoto. Somente no ano passado, 134,3 mil imóveis foram ligadas à rede de esgoto da Sanepar.

Maringá: exemplo de redução de perdas

Neste ano em que ocorrem eleições para prefeitos e vereadores em todo o país, o Movimento pela Redução de Perdas de Água na Distribuição vai entregar aos candidatos uma cartilha mostrando municípios que reduziram significativamente as perdas e as mantêm em níveis baixos.

Maringá é um desses municípios. Em 2006, quando foi adotado o Índice de Perdas por Ligação (IPL), a cidade tinha perda acumulada de 257 litros/ligação/dia. Em 2015, o IPL acumulado chegou a 165,16 litros/ligação/dia, uma redução de 35,8%.

Para controlar as perdas, a unidade utilizou algumas tecnologias, como geofonamento, válvulas redutoras de pressão, inversor de frequência do sistema de bombeamento para controle de pressão, implantação do Centro de Controle Operacional (CCO), controle estatístico de produção x consumo/dia e instalação de hidrômetros com melhor tecnologia e adequados para cada faixa de consumo.

O Movimento pela Redução de Perdas foi criado no fim de 2015 com o slogan “Menos Perda, Mais Água”. O combate às perdas é o objetivo número 6 dos ODS: assegurar disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos, e deve ser alcançado até 2030.

Com apoio de 40 empresas e organizações sociais, o movimento visa conscientizar gestores da área de que é inaceitável ter perdas reais num cenário de escassez hídrica. A busca da redução deve ocorrer mesmo que os custos de reservação e tratamento de água sejam menores do que os investimentos na engenharia de redução de vazamentos. ( Água potável e desenvolvimento sustentável )

Saiba mais em: http://site.sanepar.com.br/conteudo/cuidar-da-agua-para-o-futuro

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