Valor do caminhão-pipa aumenta 158% e revolta moradores em Salto

Com estiagem, poços artesianos secaram no Jardim Diocesano.
Preço do metro cúbico subiu de R$ 6,97 para R$ 18 em janeiro deste ano.

A crise no abastecimento de água inflacionou o preço do caminhão-pipa emSalto (SP). No Jardim Diocesano, esta é a única forma de garantir água em casa porque os poços artesianos secaram. O preço do metro cúbico de água pago pelos moradores do bairro era de R$ 6,97 até dezembro de 2014 e em janeiro deste ano passou a valer R$ 18.

As casas têm poços caipiras, mais rasos que os artesianos, com profundidade média de 16 metros, mas com a estiagem do ano passado muitos deles secaram e os moradores foram obrigados a comprar água de caminhões pipa do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). Como ficou caro manter o abastecimento, o aposentado Aldo Luiz Ambrózio teve que se adaptar. “Eu tenho economizado o máximo possível, mas muitas coisas ficam para trás porque não tenho água”, conta.

O valor cobrado dos moradores é bem diferente dos que têm o sistema de água encanada em casa. “Nós pagamos o imposto como zona urbana, por isso, o Saae deve fazer a água chegar aqui também, seja por caminhão pipa ou encanada”, diz Denilson Vitorino Barboza, consultor técnico de vendas. No boleto de pagamento da água que é comprada de caminhão pipa aparece um número de ligação do Saae que supõe que na casa existe encanamento de água, mas nunca existiu.

Reclamações
Revoltados, os moradores se uniram em abaixo assinados, protocolaram reclamações na Promotoria de Justiça de Salto e na superintendência do Saae, mas até agora não tiveram nenhuma resposta. Denilson também conta que, além de pagarem caro, o tratamento também é de responsabilidade dos moradores. Ele comprou uma bomba dosadora de cloro de R$ 2 mil para tentar purificar a água. “Eu estou arcando com a compra, o tratamento e pago meu imposto sobre a água”, reclama Denilson.

Por precaução, antes de beber a água, os moradores continuam o processo de tratamento dentro de casa. Eles fazem a filtragem para eliminar o excesso de cloro e repetem o processo em um filtro de barro. “Muitas vezes a água é suja e precisamos nos virar para não ter que ir na farmácia”, conta a dona de casa Dirce Barboza.

O professor Carlos Alexandre Savickas fez empréstimo para comprar uma cisterna, que tem capacidade para armazenar 10 mil litros de água. A água que ele comprava, distribuía de graça para a vizinhança por meio de mangueiras e pelo menos 15 pessoas eram beneficiadas, mas como a água ficou cara demais, Carlos não sabe se vai conseguir manter o ato de solidariedade. “Tivemos mais de157% de aumento e assim não conseguimos manter isso”, diz.

De acordo com o Saae, o aumento de 158% no valor do caminhão pipa não é um reajuste e sim a correção de um erro. O valor de R$ 18 pelo metro cúbico foi estabelecido por dois decretos municipais, um de 2010 e outro de 2013. Já a prefeitura, afirmou que esta em busca de recursos para levar água encanada ao bairro.

Moradores reclamam do preços dos caminhões-pipa em Salto (Foto: Reprodução/TV TEM)Moradores reclamam do preços dos caminhões-pipa em Salto (Foto: Reprodução/TV TEM)

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